Agora que faltam apenas 63 dias para o grande dia, faça uma lista do que gostaria de fazer antes de o bebé nascer, pois nessa altura ele ocupará todo o seu tempo. Vá ver aquele filme que lhe parece interessante, assista ao concerto do seu grupo favorito ou combine um almoço com a sua melhor amiga. Melhor ainda: marque um encontro romântico com o seu companheiro! Aproveite agora, porque o seu bebé irá ser o centro do seu mundo durante algum tempo.
Entretanto, é natural que esteja cada vez mais ansiosa pela chegada do seu bebé, mas procure ficar serena. Se tiver tudo mais ou menos planeado será mais fácil. Já pensou, por exemplo, onde é que irá ter o seu filho? Vai guardar as células estaminais do cordão umbilical do seu bebé num banco privado para utilização clínica futura ou vai doar? Já tem a cadeirinha para o automóvel? E o pai vai assistir ao parto? Se ainda não pensou nestes assuntos, é tempo de o fazer.
O crescimento do bebé vai começar a abrandar, mas em contrapartida ele vai engordar cada vez mais: a média ser 200 a 300 grs por semana, até pouco tempo antes do nascimento.
Actualmente, ele deve pesar cerca de 1700 gramas e medir um pouco mais de 40 cm.
Devido ao crescente tamanho do bebé, o espaço do útero vai ser cada vez mais limitado para ele se poder movimentar. Esta falta de espaço irá fazer com que os braços e as pernas fiquem mais perto do corpo, sendo que as pernas ficam dobradas e encolhidas sobre si mesmas (posição fetal). Consequentemente, os movimentos propriamente ditos não serão tão vigorosos como quando ele podia dar cambalhotas à vontade.
Entretanto, o bebé já consegue mexer a cabeça de um lado para o outro, como se estivesse a dizer “não”. Por enquanto ele ainda não entende o significado deste movimento, mas acredite que em menos de nada ele vai percebê-lo e – sobretudo – abusar dele!
Fisicamente, os cabelos estão mais compridos e espessos, as unhas dos dedos dos pés estão completamente formadas e a íris dos olhos já tem cor, embora a pigmentação permanente ainda não esteja desenvolvida. Assim, e apesar de a cor final poder mudar após o nascimento ou até mesmo no parto, por enquanto os olhos do seu filho são… azuis!
O bebé já tem também os cinco sentidos perfeitamente desenvolvidos e uma estrutura óssea cada vez mais forte. O seu corpo está a deixar de ter um aspecto enrugado, e a pele, devido à gordura subcutânea acumulada, está a ficar rosada.
O cérebro continua em expansão rápida, empurrando o crânio externamente e criando mais circunvalações na superfície, aumentando o tamanho da cabeça.
Relativamente ao sistema imunitário, que está ainda em desenvolvimento, tem vindo a ganhar uma força substancial nas últimas semanas, preparando o bebé para enfrentar um mundo cheio de doenças. Contudo, a maioria da força imunitária vai derivar do leite materno e da exposição a outros elementos externos.
Entretanto, o seu bebé está neste momento a beber uma parte do líquido amniótico e a produzir cerca de meio litro de urina por dia. Isto quer dizer que a quantidade de líquido amniótico acaba por ser um indicador do seu estado de saúde. Com efeito, se a quantidade de líquido amniótico for demasiado elevada, poderá querer dizer que o bebé não está a ingerir o suficiente e tem problemas gastrointestinais. Ao contrário significa que o bebé está a produzir pouca urina e poderá ter um problema renal. Por este motivo, o seu médico irá medir regularmente o nível de líquido amniótico.
Nesta altura, o pulmão é o único órgão importante que necessita ainda de mais tempo para se desenvolver, pois não está pronto para o nascimento. Todos os restantes sistemas estão prontos.
O seu corpo continua a preparar-se para o parto, por isso será normal continuar a sentir as contracções de Braxton Hicks. Felizmente são indolores, já que podem acontecer a qualquer altura: a meio da noite, durante uma reunião importante ou quando estiver a assistir à sua série favorita, etc. Estas contracções provocam uma sensação de barriga dura, um repentino aperto no útero, durante apenas alguns segundos (não mais de 30). Acabam por ser uma pequena amostra do que serão as verdadeiras contracções, aparecendo geralmente por volta do oitavo mês e podendo intensificar-se até ao final da gestação.
De qualquer forma, se estas contracções forem muito frequentes, mesmo que não sejam dolorosas, fale com o seu médico, pois podem ser sinais de parto prematuro.
Há outros sinais aos quais terá de dar atenção: um aumento ou mudança de corrimento vaginal, que pode ser mais aguado, manchado de sangue ou mucoso; uma dor abdominal ou cólicas semelhantes à da menstruação; pressão na área pélvica e dor na região lombar.
Entretanto, o seu abdómen também deve ficar mais dorido, à medida que o seu útero vai esticando e aumentando. A 9 semanas do grande dia, ele está a cerca de 14 cm acima do umbigo, fazendo cada vez maior pressão no diafragma e provocando dificuldades em respirar. Mas não se preocupe, que esta situação vai melhorar quando o bebé descer para se preparar para o parto. E descanse porque, mesmo que a si lhe falte o ar, o seu bebé continua a receber oxigénio suficiente da placenta.
É possível que comece a segregar colostro dos seus seios, isto é, o primeiro leite que irá fornecer calorias e nutrientes necessárias para o seu bebé durante os primeiros dias de vida, protegendo-o contra infecções e outras complicações perigosas. A textura do colostro depende de mulher para mulher, podendo ser espessa e meia amarelada ou mais aguada.
Por sua vez, o inchaço nos tornozelos e nas pernas poderá tornar-se constante, causado quer pelo aumento do peso, quer pela retenção de líquidos. Não é nada de extraordinário, pois 40% a 75% das mulheres grávidas desenvolvem-no, sendo um sintoma mais comum no final da gravidez, sobretudo em dias quentes ou quando a futura mãe passa muito tempo em pé.
Para aliviar o desconforto do inchaço, beba muita água, não fique muito tempo em pé ou na mesma posição e, quando puder, coloque os pés para cima para facilitar o retorno venososo.
Apesar disso, se o inchaço for fora do normal, e se se estender às mãos e ao rosto, é melhor avisar o médico pois poderá ser sinal de pré-eclâmpsia.
Além do inchaço, as varizes também são muito comuns na gestação, aparecendo geralmente nas pernas e nos tornozelos, umas vezes com uma coloração avermelhado, outras azuladas e por vezes arroxeadas. As varizes podem piorar no final da gravidez, devida à pressão sobre as veias da perna. Evite ficar sentada por um longo período de tempo, sobretudo com as pernas cruzadas.
Ainda no que diz respeito aos desconfortos físicos, poderá pertencer ao grupo das grávidas que sofre de hemorróidas. Não há que ter vergonha, é perfeitamente natural. Para evitá-las, procure ter uma alimentação saudável beber muita água e praticar exercício. Aliás, o exercício físico é recomendável por inúmeras razões, entre as quais pelo facto de ajudar o corpo a enfrentar o parto e facilitar uma recuperação pós-parto mais rápida.
Tenha também cuidados em relação à tensão arterial e aos níveis de açúcar, evite doces e coma frutas. Estas últimas também vão ajudá-la no caso de ter um intestino preguiçoso, que geralmente se agrava no final da gestação, devido à posição do útero sobre o intestino e à diminuição da actividade física. Assim, aumente também a ingestão de fibras, tais como verduras e legumes crus, cereais e pães integrais, e também farelo de aveia.
Ainda na área da alimentação, procure ter uma dieta rica em cálcio, proteínas, ferro e ácido fólico, pois os ossos do seu bebé estão cada vez mais duros e fortes e as suas necessidades de cálcio são maiores.
Entretanto, é possível que nesta altura as suas alterações de humor sejam uma constante. Um conselho: deixe-se ir na corrente das suas emoções, sem se tornar psicótica. Não tenha problemas em sentir. E assuma que os dramas não seriam tão exagerados se a sua adrenalina não aumentasse devido às oscilações hormonais.
Também é possível que a sua libido tenha diminuído. Não pense que é caso único: acaba por ser perfeitamente normal nas suas condições.
A futura mamã poderá estar numa fase de muitas queixas, relativamente aos desconfortos de gravidez. Enquanto futuro pai e companheiro, ouça-a e demonstre-lhe todo o seu apoio e compreensão.
Por sua vez, as noites são cada vez mais difíceis para ela. Ajude-a a relaxar antes de dormir. Faça-lhe massagens nas costas e nos pés e incentive-a a dormir de lado. Lembre-se que o que fizer por ela está a fazer pelo seu filho!
Pai e mãe: estão preparados para o bebé?
Pode ser difícil de acreditar, mas a verdade é que já só faltam no máximo 56 dias para poderem ter o vosso filho no colo e enchê-lo de mimos!
A mãe está a entrar numa fase em que qualquer dor pode significar o início do trabalho de parto, pelo que deverá ficar cada vez mais atenta a possíveis sinais.
Se tiver dúvidas sobre o parto, fale com o seu médico, com o qual terá nesta altura consultas mais frequentes. Está a planear ter um parto natural ou cesariana? Pensa levar a epidural? Aproveite agora para conhecer todas as suas opções, assim como o impacto que as mesmas podem ter para si e para o seu bebé.
Entretanto, se ainda não o fez, vai ter de começar a pensar nas compras para o quartinho do bebé. Prepare já um kit de medicamentos e produtos essenciais: um analgésico, um termómetro, creme para assaduras, fraldas e um aspirador nasal. Terá também de se assegurar que tem uma cadeirinha para o carro, um dos equipamentos mais importantes para a segurança do seu bebé, pois será logo necessária para quando sair da maternidade.
Sente-se com o seu companheiro e façam uma lista do que falta, para estarem preparados para a chegada do novo membro da família.
O bebé, que deverá duplicar o seu peso actual durante as próximas oito semanas, nesta altura já tem tão pouco espaço que já não flutua: repousa sobre o útero. Até ao final desta semana, ele deverá pesar cerca de 1820 gramas e medir cerca de 43 cm da cabeça aos pés.
Apesar de se sentir mais apertado, o seu bebé continua bem ocupado: pega no que encontra pelo caminho (nomeadamente o cordão umbilical), faz caretas, pratica a respiração, faz xixi e ouve tudo a seu redor. Também pisca os olhos, abre-os quando está na fase de alerta, olhando em redor, e fecha-os durante o sono, pois já estabeleceu uma rotina diária. Aliás, o bebé quando nascer vai manter os mesmos padrões de comportamento que tinha enquanto estava na barriga da mãe, onde também já demonstra ter posições favoritas.
De qualquer forma, e porque não tem espaço, é natural que lhe pareça que ele se movimenta menos. Por sua vez, como já tem padrões de sono, vai dar-se conta de alturas em que ele se mexe muito e outras em que não sente quase movimento nenhum.
Mas atenção: ele continua muito activo, a dar pontapés e socos nos sítios mais improváveis, com força embora com menos agilidade. Por isso, se deixar de o sentir, deverá avisar imediatamente o seu médico.
Na verdade, nesta altura o bebé está já a fazer praticamente o mesmo que irá fazer durante os primeiros 3 meses de vida, embora sem plateia para assistir. Aliás, os cientistas hoje em dia vêem muita pouco diferença entre o cérebro de um feto de 32 semana e de um recém-nascido. Antigamente, pensava-se que o desenvolvimento mental tinha início com o nascimento, mas agora acredita-se que os bebés no útero já pensam e até criam memórias. Por exemplo, os bebés reagem a músicas que ouviam recorrentemente enquanto estavam na barriga da mãe.
Algumas pesquisas demonstram também que o bebé nesta altura já tem sensibilidade à temperatura, pelo poderá começar a distinguir o quente do frio. Assim, quando colocar uma fonte de calor perto da barriga, provavelmente vai senti-lo a mexer-se.
Entretanto, os toques finais da sua aparência já estão quase prontos. As pálpebras e sobrancelhas e os cabelos da cabeça estão cada vez mais nítidos, as unhas estão crescidas, o lanugo, que começou a desenvolver-se no segundo trimestre está a cair (embora alguns bebés ainda possam nascer com alguma penugem). Cada vez mais a aparência do seu bebé se assemelha ao recém-nascido.
Por sua vez, o bebé ou já está acomodado para o nascimento, de cabeça para baixo e encaixado no canal de parto, ou está a preparar-se para o fazer. No entanto, se ainda não é o seu caso, não se preocupe porque ainda tem muito tempo para ele mudar de posição.
Quando isso acontecer, a sua barriga vai ficar mais baixa, o que lhe vai aliviar a falta de ar e até mesmo os desconfortos digestivos, já que diminuirá a pressão quer sobre o diafragma, quer sobre o estômago. Provavelmente vai sentir os pontapés nas suas costelas e cabeçadas na vagina!
Graças ao desenvolvimento dos pulmões, 90% dos bebés nascidos às 32 semanas sobrevivem ao parto prematuro. Por isso é tempo de celebrar!
À medida que se aproxima o dia do parto, é possível que as contracções de Braxton Hicks comecem a ser cada vez mais frequentes.
Também será perfeitamente normal, e sobretudo se for o seu primeiro filho, começar a pensar mais frequentemente em como será o parto. Se falar com outras mães, saiba que cerca de 10% vão dizer-lhe que o trabalho de parto é extremamente doloroso, enquanto outras 10% lhe vão dizer que não sentiram qualquer dor. As restantes encontram-se no meio dos dois extremos.
O seu útero está neste momento 15 cm acima do umbigo e está a empurrar o estômago para cima, causando azia e enfartamento após as refeições. Empurra também o diafragma e os pulmões, causando falta de ar, e começa também a pressionar o recto, causando obstipação. Assim, os sintomas do terceiro trimestre ainda não se foram embora e podem mesmo persistir até ao nascimento, nomeadamente as tonturas, as dores nas costas, insónias, alterações de humor, cãibras nas pernas e hemorróidas. O quadro pode não parecer ser o mais confortável, porém é necessário ter paciência, pois está já nas últimas semanas que a separam de ter o seu bebé nos braços, um momento mágico pelo qual vale a pena alguns sacrifícios!
Para aliviar a azia e sensação de enfartamento, evite chá preto, frutas ácidas, vinagre, e prefira chá de camomila, erva-doce, etc. Evite também doces e gordura, temperos picantes, e prefira óregãos, coentros e manjericão, por exemplo. Não se deite logo depois das refeições e opte por refeições fraccionadas, comendo devagar e mastingando bem os alimentos. Para a obstipação, procure também beber bastante líquidos e fibras. Se nada resultar, pode sempre pedir ao seu médico um laxante sem contra-indicações para gestantes.
Para se sentir mais confortável, pode também tomar banhos relaxantes e fazer caminhadas. O exercício físico, aliás, continua a ser importante, embora não deva fazer exercícios que exijam muito esforço.
Entretanto, o seu corpo está a produzir uma hormona chamada relaxina, que será responsável por tornar a sua pélvis mais mole, proporcionando a flexibilidade necessária para o parto. A relaxina também pode provocar um inchaço temporário nos pés, que irá desaparecer assim que o bebé nascer.
Pode ainda dar conta de um fluxo anormal de um muco vaginal, que se chama leucorreia. Este é um sintoma comum durante toda a gravidez, na maior parte das vezes benigno, que poderá mesmo aumentar à medida que se aproxima do parto. Este muco tem um aspecto leitoso e praticamente inodoro, sendo causado pelo aumento da lubrificação na área da vagina. Com efeito, o volume de seu sangue, nesta fase da gestação aumentou quase 50% para permitir que seu corpo possa atender às necessidades de crescimento do seu filho, e para compensar a perda de sangue durante o parto. No entanto, se este corrimento mudar de aspecto, convém alertar o médico, pois pode ser sinal de alguma infecção que deverá ser tratada antes de o bebé nascer.
O pai deverá, sempre que possível, acompanhar as consultas e exames da mãe, assim como os cursos de preparação pré-parto, que ajudam a esclarecer dúvidas e ensinam procedimentos essenciais quer para o nascimento propriamente dito quer para a adaptação à chegada de um novo elemento da família. Assim, e agora que o grande dia está a aproximar-se, procure não marcar nenhum compromisso quer para os dias das consultas quer para as aulas pré-natais.
Sente-se grande e sem controlo nenhum sobre o seu corpo? Sim, na realidade, quem manda é o seu bebé. Mesmo nas vezes que tem de se levantar durante a noite para ir à casa-de-banho. Há quem diga que é o treino para quando tiver de acordar para alimentar o bebé, aconchegá-lo ou trocar-lhe as fraldas. A grande diferença, no entanto, é que dar mimos e alimentar o bebé é bem melhor do que ter de se levantar às apalpadelas no escuro para fazer xixi pela sexta vez!
Entretanto, há várias decisões que vai ter de fazer e planos para delinear. Primeiro: já se decidiu quanto a amamentar ou não o seu filho? Para muitas mães, esta é uma decisão simples. No entanto, há quem tenha muitas dúvidas e até quem mude de ideias após o bebé nascer. A melhor coisa que tem a fazer por agora é informar-se sobre o assunto. Leia a respeito da importância do leite materno, embora não se deva culpabilizar se não conseguir dar peito.
Outra questão importante tem a ver com o pediatra que irá escolher para acompanhar o crescimento do seu filho. Já pensou nisso?
E no percurso e caminhos alternativos para ir para a maternidade? Já tem a mala pronta?
Nesta fase começa a ser importante estar preparada. Um conselho: tenha sempre o telemóvel carregado e certifique-se que tem os telefones do seu companheiro e do seu médico, bem como de outras pessoas amigas ou familiares a quem possa ligar em caso de emergência.
A grande novidade desta semana é o facto de o sistema respiratório do seu bebé estar praticamente desenvolvido. Isto quer dizer que se ele decidisse nascer nesta altura, as probabilidades de ter um bebé saudável, com uma pequena ajuda médica, são enormes. Provavelmente, apenas necessitaria de alguns dias na incubadora.
O seu filho vai continuar a aumentar de peso, cerca de 220 gramas por semana. Nesta altura, deverá pesar entre 1800 e 2050 gramas, medindo cerca de 44 a 46 cm. A gordura continua a acumular-se por baixo da pele, que está cada vez mais rosada em vez de vermelha.
Nesta fase, o líquido amniótico atinge o seu nível máximo – cerca de dois litros – mantendo-se constante até ao final da gravidez. Por isso, é natural que sinta um aumento de peso significativo.
Em vez de flutuar, o seu bebé está agora repousado nas paredes do útero, pois já não tem espaço para andar a dar cambalhotas. No entanto, ele está mais forte a cada dia que passa e deverá ser muito fácil dar conta de um pontapé ou de um soco só de olhar para a sua barriga! Aliás, será mesmo possível conseguir distinguir se é um movimento de uma mão, de uma perna ou até mesmo da cabeça! Se sentir solavancos repentinos, então provavelmente o seu bebé está com soluços.
Entretanto, os ossos do bebé continuam a endurecer, excepto os do crânio, que se mantêm flexíveis, não estão completamente solidificados para conseguir haver justaposição dos mesmo e permita passar no canal de parto. Com efeito, isto irá permitir no parto que eles se sobreponham durante a passagem da cabeça do bebé pelo canal vaginal. Por sua vez, os ossos mantêm-se separados por uma zona membranosa flexível, a que se chama fontanelas, até sensivelmente os dois anos de idade, altura em que se finaliza a ossificação.
Durante o período expulsivo, por vezes a pressão que é exercida sobre a cabeça – que atingiu nesta altura o maior tamanho possível dentro do útero, para que seja possível passar pela pélvis da mãe – é tão forte que muitos bebés ficam com a cabeça em forma de cone. Esta pequena deformação, no entanto, rapidamente desaparece e a cabeça do bebé assume de imediato uma forma mais arredondado.
Uma ecografia a 4 dimensões revelará que os bebés têm sono REM (Rapid Eye Movement), isto é, o período do sono onde os olhos se movem debaixo das pálpebras. Sabe-se que este é uma indicação de que se está a sonhar, pelo que este movimento dos olhos do bebé pode significar que ele já sonha, quando ainda lhe falta um mês para nascer. O que poderá estar ele a sonhar? Possivelmente com o que se passa à sua volta: com o som do estômago da mãe ou com as brincadeiras que ele tem a agarrar. Estes sonhos, apesar de simples, podem ser cruciais para o crescimento e desenvolvimento do cérebro do bebé. Aliás, a falta de sono num feto ou num recém-nascido pode enfraquecer seriamente o desenvolvimento do cérebro, que às 33 semanas já desenvolveu aproximadamente 100 mil milhões de neurónios com 100 triliões de ligações.
À medida que se aproxima o parto, é natural que esteja cada vez mais preocupada e ansiosa, sobretudo se é a sua primeira gravidez. A verdade é que não poderá prever como é que irá reagir nem como é que o parto se irá desenvolver. Por isso, o melhor é manter-se flexível e de mente aberta a todas as possibilidades, para estar preparada para pequenas surpresas que possam acontecer. Pesquise as suas opções de analgésicos ou até mesmo opções naturais para aliviar as dores no parto. Agora seria também uma excelente altura para decidir quem quer que a acompanhe durante o parto.
O final da gravidez consegue ser bastante exigente para a futura mamã. O peso do bebé e a sua luta contra a falta de espaço podem causar-lhe dores nas costas e nas pernas. Por sua vez, os pulmões da mãe lutam para absorver mais de 20% do oxigénio do que o normal, o que juntamente com a ansiedade e a pressão do útero no diafragma pode causar episódios de falta de ar. O seu bebé está agora a ser um sorvedouro, a ganhar peso e a absorver cada vez mais recursos que terá de lhe providenciar.
O seu bebé cresceu, assim como a sua barriga, que já não a deixa vislumbrar a ponta dos pés. E se até há pouco tempo conseguia andar com firmeza, agora cada vez que dá uns passos parece que oscila. É possível que sinta também alguma dificuldade em encontrar posições confortáveis e que sentar e levantar do sofá comece a ser uma missão quase impossível.
Entretanto, o edema (inchaço) é normal, mas se for demasiado súbito, especialmente na face, e acompanhado por fortes dor de cabeça, náuseas, vómitos, tonturas e dor abdominal, contacte imediatamente o seu médico, pois poderá estar a desenvolver um quadro de pré-eclâmpsia. Esta é uma complicação que deverá ser rapidamente identificada e tratada.
A decisão de amamentar o bebé é mais da mãe do que do pai. No entanto, é extremamente importante que o pai esteja de acordo com a decisão final. Converse com a sua companheira e aprendam juntos os prós e os contras.
Entretanto, e à medida que se aproxima o grande dia, talvez seja melhor alterar um pouco a rotina do seu trabalho, para se encontrar sempre mais perto da sua companheira. Nunca se esqueça do telemóvel ou deixe com ela os números de telefone onde pode ser encontrado. Nesta altura também não será muito boa ideia fazer longas viagens, por isso se for possível adie-as.
A poucas semanas do parto, possivelmente já está a dar os últimos retoques no quartinho do seu bebé. Já tem o stock de fraldas necessário, o seu kit de produtos e medicamentos, as roupinhas e equipamentos adequados. Está prontíssima para o receber! E no entanto ainda está à espera… à espera… E vai ter de esperar! Se tudo correr dentro do previsto, ainda vai aguardar mais 6 semanas. Por muito que esteja impaciente para ter o seu filho nos braços e o tempo lhe pareça passar demasiado devagar, não fique muito ansiosa e desfrute das últimas semanas de gravidez. Aproveite para estar com as suas amigas e namorar com o seu companheiro. Ouça um pouco de música e tente relaxar. Lembre-se que em breve a sua vida irá girar sobretudo em torno do seu bebé e que não vai ter tanto tempo para si.
O seu bebé está praticamente pronto para conhecer o mundo exterior. Por isso, a partir de agora não se observam grandes mudanças físicas, a não ser o facto de ele continuar a ganhar peso. Por esta altura, ele deverá pesar perto de dois quilos e meio e medir cerca de 47 cm. De qualquer forma, quando se trata de peso ou comprimento, os valores referem-se sempre a médias, pois o bebé pode ser mais magrinho ou mais gordinho, mais alto ou mais baixo. Cada criança é diferente, por isso não se fixe nestes dados. Por sua vez, muitas vezes as estimativas de peso fetal podem estar erradas, podendo ter uma margem de erro de 10%.
Assim, os pulmões estão já desenvolvidos e a produzir o surfactante, que ajudará a renovação de oxigénio. O sistema nervoso central está cada vez mais maturo, assim como o sistema imunológico, que está cada vez mais forte, permitindo que o seu bebé produza anticorpos para se proteger contra infecções, ao invés de depender dos anticorpos que recebe através da placenta.
Os seus músculos também estão desenvolvidos, pelo que o bebé já é capaz de segurar a cabeça e abaná-la de um lado para o outro (como se estivesse a dizer “não”). Por sua vez, está constantemente a exercitá-los, esticando os braços ou dando pontapés.
A camada branca e viscosa ( vernix caseosa) que o protege do líquido amniótico está cada vez mais espessa é o lanugo que lhe cobre o corpo está a desaparecer.
A maioria dos bebés neste período de gestação já estão de cabeça para baixo e pés para cima, prontos para o nascimento. Caso ainda não saiba qual a posição do seu bebé, certamente o seu médico lhe irá dizer na sua próxima consulta. E se o seu filho não deu ainda a volta, sabia que o médico consegue virá-lo?
Entretanto, se a ideia de parto prematuro tem sido um motivo de grande ansiedade, por certo gostará de saber que 99% por cento dos bebés com 34 semanas conseguem sobreviver fora do útero, sendo que a maioria não tem problemas a longo prazo.
Sente-se cansada do seu corpo pesado? Agora que o seu bebé já desceu, sente que está a carregar uma melancia entre as pernas? Provavelmente vai dizer que sim, como também confirmará que não consegue encontrar uma posição confortável para dormir à noite, que tem de ir à casa de banho fazer xixi de 30 em 30 minuto ou que a sua mente não pára de fazer listas de coisas que ainda tem para fazer, etc. Descanse que não está sozinha. Muitas grávidas dirão exactamente o mesmo. Pense o seguinte: está quase a terminar. Em breve, só terá de carregar com o seu filho nos seus braços. E rejubile com as boas notícias: agora que o seu bebé já desceu, já é mais fácil respirar, pois os seus pulmões já não estão comprimidos. O pior mesmo é a bexiga, que continua pressionada.
No final desta semana, terá completado 8 meses de gestação. Assim, será perfeitamente natural que as contracções de “Braxton Hicks” – indolores e irregulares – se tenham intensificado, pois estão a preparar o útero para o parto. De qualquer forma, fique atenta, porque mesmo que continue sem sentir dor, se as começar a sentir com alguma regularidade (4 em 4 horas) poderá ser um sinal de que o trabalho de parto está próximo.
Por falar em trabalho de parto, é importante que saiba que ele divide-se em quatro estágios: Contracções, que levam à dilatação do colo do útero, que deverá atingir os 10 cm.
1. Expulsão (quando tem de fazer força)
2. Saída da placenta
3. Puerpério imediato
Também será importante ter atenção aos sinais de parto prematuro (antes das 37 semanas):
– Ruptura da bolsa de água
– Hemorragia ou pequenas perdas de sangue vaginais
– Dores abdominais
– Cólicas semelhantes às dores menstruais ou mais do que quatro contracções no período de uma hora
– Aumento da pressão na zona pélvica
– Dores no fundo das costas, sobretudo se não forem habituais
Estes sintomas podem ser difíceis de interpretar pois alguns deles ocorrem durante uma gravidez normal. De qualquer forma, se suspeitar de parto prematuro, contacte de imediato o seu médico, pois mais vale prevenir do que remediar.
Se a futura mamã terá de ter cuidados com a sua saúde, também é importante que o pai se alimente adequadamente e durma bem. A sua companheira e o seu bebé em breve vão exigir grandes doses da sua energia.
Entretanto, faça o percurso até à maternidade e veja o tempo que demora. Procure caminhos alternativos no caso de precisar de circular em horas de ponta.
Agora que o dia do parto está a aproximar-se, e se for a sua primeira gravidez, talvez comece a ficar um pouco nervosa só de pensar na dor que poderá vir a sentir. Será um parto rápido e fácil? Ou será longo e sofrido?
Em vez de pensar nisso, concentre-se apenas no momento em que vai ver o rosto do seu bebé. A melhor forma de controlar o medo do desconhecido é informar-se sobre o parto e as suas opções. Para se sentir mais tranquila, pode ainda inscrever-se em cursos de preparação pré-parto. Informe-se nos centros de saúde e nos centros de apoio de obstetrícia.
Entretanto, continue a desfrutar de cada momento da sua gravidez. É perfeitamente compreensível que já se sinta cansada de tanto peso e desconforto, mas acredite que no futuro vai ter saudades da sua barriga! Continue a tirar fotografias para mais tarde poder recordar as últimas semanas.
Se o seu bebé nascesse durante esta semana tinha 99% de possibilidades de sobrevivência, sem qualquer problema. A maior parte do seu desenvolvimento físico está concluído e a partir de agora o principal objectivo é ganhar peso (cerca de 30 gramas por dia).
O bebé está grande, enroscado no seu útero, devendo estar aproximadamente com 48 a 50 cm de comprimento e entre 2500g e 2600g de peso, apesar de nesta altura estes valores poderem ser mais variáveis de criança para criança, em comparação ao início da gravidez.
Como já não flutua há algum tempo no líquido amniótico e está confinado a pouco espaço, é provável que já não consiga dar grandes voltas. Atenção que, de qualquer forma, isso não significa que ele se mexa menos. Possivelmente, sentirá os movimentos de forma diferente, não tanto como súbitos pontapés e socos, mas mais como se estivesse tudo a mexer dentro de si, a esticar. Por sua vez, e agora que o seu filho já adquiriu ritmos precisos de sono e estado de alerta, devido ao facto do seu sistema neurológico estar bem desenvolvido, já irá conseguir reconhecer os seus hábitos e perceber se está tudo bem ou não, sabendo mais ou menos se ele está a dormir ou acordado.
Assim, se notar uma redução dos movimentos, fale com o seu médico ou vá ao centro de saúde ou maternidade, para que lhe façam um CTG (exame de controlo ao movimento e ritmo cardíaco do bebé e às suas contracções).
Quando vê que ele não se mexe, experimente comer uma coisa doce, como um rebuçado ou chocolate, para ver se ele tem reacção.
Entretanto, se o seu bebé ainda não deu a sua “cambalhota”, para se colocar na posição de nascimento (de cabeça para baixo), deverá estar a dar. De qualquer forma, há alguma percentagem de bebés que se mantêm na posição pélvica, isto é, cabeça para cima e nádegas para baixo. Neste caso, e embora seja possível o parto natural, é mais difícil e perigoso, pelo que na maioria dos casos opta-se pela cesariana. Há ainda a possibilidade de tentar uma manobra para que se consiga que o feto gire no interior do útero através de manipulações externas, mas nem sempre tem sucesso e poderá ser perigoso.
No interior da sua barriga, o bebé continua a acumular uma camada extra de gordura, o que torna os braços e as pernas mais gordinhos – e uma aparência mais fofinha – e vai permitir que o bebé se mantenha quente na altura do nascimento. A penugem que lhe cobria o corpo continua a cair e a pele está cada vez mais rosada.
Os rins do bebé estão agora totalmente desenvolvidos e o fígado consegue processar alguns resíduos. O sistema gastrointestinal é que está ainda um pouco imaturo, e permanecerá assim até 3 a 4 meses após o nascimento.
O cérebro continua a crescer intensamente durante esta semana. Os neurónios e conexões estão a desenvolver-se ainda mais para, após o nascimento, estarem perfeitamente conectados para receber estímulos. Lembre-se de comer alimentos ricos em Ómega 3 – como salmão, atum e sardinhas – pois estes ajudarão a desenvolver o cérebro do seu bebé.
O seu corpo está praticamente pronto para o dia do parto. Por isso, é possível que se sinta bastante cansada, além de continuar a sofrer dos vários incómodos inerentes à gravidez. No entanto, é verdade ou não que se sente a mulher mais feliz do mundo? Aproveite para partilhar essa felicidade com o seu companheiro. Que tal um jantar romântico à luz das velas?
Partilhe também as suas dúvidas, incertezas e ansiedades. Pode ser que ajude a sentir-se menos nervosa, agora que o parto está para breve. Saiba que é importante manter-se calma e relaxada, pois estudos revelam que a duração das dores no trabalho de parto está muito relacionada com o nível de ansiedade da mãe relativamente ao mesmo. Na verdade, a ansiedade e o stress causam a produção de catecolaminas no sangue, substância que diminui a liberação de oxitocina, atrasando o trabalho de parto.
Mas afinal, que desconfortos continua a sentir?
Os seus pés explodem dentro dos sapatos e nem a aliança do dedo já consegue usar. Se o seu bebé já deu “a volta” (posição cefálica), poderá sentir pontapés nas costelas e uma forte pressão no colo do útero. Continua a ser difícil dormir à noite, quer por razões físicas – como ter de ir frequentemente à casa de banho ou já não encontrar nenhuma posição confortável – ou mesmo por razões psicológicas, relacionadas com as preocupações com o parto, com a saúde do seu filho ou até mesmo com o facto de ser mãe. As pernas e as costas doem e os seios podem estar inchados e doridos, devido à preparação para a produção do leite. Nesta altura grande parte do seu sangue está no ventre (1/6 de volume total de sangue do seu corpo) e por isso poderá sentir-se tonta muitas vezes.
Também poderá sentir oscilações de humor constantes, sentir-se um pouco chorosa e propensa a explosões emocionais.
Assim, se puder, aproveite para relaxar durante alguns dias e não se esqueça de manter uma alimentação equilibrada. Procure alimentos com cálcio, por exemplo – como o leite e derivados, peixes, trigo, avelâs, feijão branco, soja e ovo , junto com o fósforo, ajuda a formar ossos e dentes, atenua a fadiga muscular, defende contra infecções e contribui para manter o equilíbrio de ferro no organismo. A sua deficiência na gestação, em contrapartida, acarreta cáries, cãibras e inchaços.
A partir desta altura, deverá ter consultas mais regulares para a avaliação do colo uterino, nomeadamente sinais de dilatação, e da posição do seu bebé
A mãe está pesada, cansada e nervosa. Possivelmente, também se sente cansado e nervoso. Assim, é possível que os vossos hábitos sexuais tenham mudado. Por outro lado, a sua companheira continua à procura de novas posições mais confortáveis, sem grande sucesso.
O que fazer? Sejam criativos nas posições e aproveitem. Se o ambiente não for propício, não forcem. Encontrem alternativas ao sexo. Namorem, dêem mãos, durmam bem juntinhos e beijem-se muito.
Entretanto, mesmo que a sua companheira se sinta enorme e desajeitada, vulnerável e chorosa ou de mau humor, diga-lhe o quanto ela é maravilhosa e como a vai ajudar a ser uma boa mãe, sendo um bom pai. Leve-lhe o pequeno-almoço à cama e faça-a sentir-se especial. Faça-lhe massagens nas costas, arranje-lhe as unhas, pequenas coisas que o deixem próximo da sua companheira.
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