Sou do tamanho de um pepino .

Já só faltam 13 semanas para o grande dia!

Agora sim, já consigo ver bem os movimentos do meu bebé só de olhar para a minha barriga!

No final desta semana, terá terminado o segundo trimestre de gravidez!

À medida que o grande dia se aproxima, será perfeitamente normal começar a sentir receios relativamente ao parto ou em relação às mudanças na sua vida e no relacionamento com o seu companheiro, bem como ao próprio facto de estar quase a ser mãe.

Acredite que quase todas as mulheres passam pelo mesmo em algum momento da gravidez. Os seus receios são comuns e falar sobre eles pode ajudar, assim como escreve-los num diário ou partilhá-los com o seu companheiro, que está indubitavelmente a sentir o mesmo.

Entretanto, é possível que o seu bebé esteja lentamente a começar a virar-se de cabeça para baixo, preparando-se para o nascimento. Tal não acontece de um momento para o outro, mas se começar a sentir uma estranha pressão vaginal ou pélvica vai saber que tem um bebé a preparar-se para conhecer este mundo. De qualquer forma, alguns bebés só dão a “volta” até finais do terceiro trimestre e cerca de 3% a 4% dos bebés permanece “sentado”até ao final da gravidez.

O seu bebé continua a ganhar peso e a crescer de uma forma fenomenal, enchendo cada vez mais o útero. Por esta altura, deverá ter entre 35 a 38 cm e deve estar a pesar cerca de 1100-1200 gramas. O seu comprimento, na realidade, mais do que duplicou nas últimas 15 semanas. Sem dúvida é um avanço extraordinário.

Entretanto, às 27 semanas de gravidez as características faciais do seu bebé estão quase completamente definidas. As suas unhas, sobrancelhas e pestanas estão a crescer cada vez mais e a pele, que há alguns meses era tão translúcida ao ponto de se ver através dela, está a ganhar uma coloração rosada. Por baixo dela, continua também a acumular-se as reservas de gordura, que irá ser essencial para os primeiros dias do recém-nascido.

Entretanto, ele consegue dizer “sim” ou “não” porque já consegue mover a cabeça para trás e para a frente. Os seus lábios estão já formados e a língua já tem pequenas papilas gustativas. A sucção e a deglutição estão também já aperfeiçoados, sendo que o bebé continua a engolir liquido amniótico. Aliás, durante todo este trimestre, ele vai engolir cerca de meio litro por dia, o que vai ajudar a manter o equilíbrio de fluído no ventre e, simultaneamente, a desenvolver apropriadamente o seu sistema digestivo. De qualquer forma, e a partir do momento que nasce e o cordão umbilical é cortado, o bebé irá precisar de aperfeiçoar a arte de levar a comida da boca até ao estômago.

Basicamente, os seus órgãos internos e os seus sistemas continuam a crescer, amadurecer e a desenvolver-se rapidamente.

Os pulmões, por exemplo, já estão praticamente desenvolvidos, o que significa que estão preparados para respirarem o ar quando o bebé nascer. Dentro do ventre materno, no entanto, o bebé recebe o oxigénio através do sangue da mãe, pela placenta. Dentro dos seus pulmões, uma ramificada de tubos está cheia de líquido amniótico e os minúsculos sacos de ar que irão extrair o oxigénio do ar estão fechados. De qualquer forma, o bebé está já a fazer movimentos respiratórios com os pulmões e o diafragma, exercitando os músculos do peito, para permitir a sua expansão e que os pulmões se encham de ar logo após o parto. 

Também o cérebro do bebé continua o seu rápido desenvolvimento e as ondas cerebrais são já semelhantes aos do recém-nascido. No que diz respeito aos sistemas auditivos e visuais, o cérebro já está a registar o som e a luz. O seu bebé pode ainda não compreender o que isso significa, mas está no bom caminho.

Por sua vez, o bebé abre os olhos pela primeira vez, embora parcialmente. As pálpebras, que até aqui estavam fechadas, abrem-se por reflexo. Para além disso, a retina começa a amadurecer, permitindo que os seus olhos recebam luz. Assim, e apesar de viver praticamente na escuridão, o seu bebé percebe quando está mais claro ou mais escuro, já que o útero permite que se veja alguma luz.

Desta feita, as possibilidades de ele nascer sem sequelas em caso de parto prematuro são cada vez maiores. Se um bebé nascer nesta altura, tem 85% de hipóteses de sobrevivência, apesar de necessitar de assistência médica e de ter de ficar na incubadora, uma vez que não tem gordura suficiente para manter o seu corpo quentinho.

Se for um rapaz, saiba que às 27 semanas de gravidez os seus testículos já desceram para o escroto, depois de uma viagem que demora cerca de 3 dias.

O seu útero deve estar perto das costelas inferiores e, por isso, os seus pulmões podem estar a ter alguma dificuldade em expandir-se totalmente. Assim, é possível que tenha alguma dificuldade em respirar ou sinta uma respiração mais curta. Não se preocupe, isso não implica necessariamente falta de oxigénio para o bebé. O seu sistema circulatório já está adaptado a esta situação e é muito mais eficiente do que antes da gravidez.

Na realidade, há uma série de desconfortos que são normais e recorrentes durante a gravidez, tais como erupções cutâneas , sensação de enfartamento, azia, flatulência ou um aumento do corrimento vaginal. Neste último caso, contudo, se este for demasiado espesso e acompanhado por comichão e/ou cheiro intenso, informe o seu médico, pois poderá ser uma infecção. O mesmo se aplica se estiver a urinar com ardor. No que diz respeito à sensação de enfartamento ou azia, poderá ser cada vez mais frequente, à medida que o seu estômago é empurrado para mais perto do esófago. Por seu turno, é possível que comece a comer menos de cada vez mas mais vezes por dia, já que o estômago começa a ter menos espaço.

Entretanto, se perder um pouco de urina quando espirra ou tosse, também não se preocupe, pois a incontinência temporária também é comum na gravidez. De qualquer forma, pode sempre fazer alguns exercícios para fortalecer o músculo pubococcígeo (exercícios Kegel) .

Outra queixa frequente é a prisão de ventre. De facto, metade das mulheres grávidas sente um abrandamento do funcionamento intestinal. Na origem deste problema está o abrandamento do sistema digestivo e a compressão do útero sobre o recto. Os suplementos de ferro também contribuem, mas não deixe de os tomar sem o 1,5 a 2 Litros por dia) beba um sumo de fruta por dia, coma alimentos ricos em fibra (cereais integrais, fruta e vegetais) e pergunte ao seu médico se pode tomar um suplemento de fibras.

Durante esta semana os seus níveis de fadiga também poderão aumentar, devido ao aumento de peso, à falta de ar e também… a noites mal dormidas. Com efeito, a fadiga é uma queixa muito comum e poderia ser relativamente simples de solucionar com… descanso! O pior é que dormir torna-se cada vez mais difícil à medida que se avança na gravidez. Por um lado, por causa do tamanho da barriga, sendo quase uma missão impossível encontrar uma posição confortável para dormir. Por outro, as idas frequentes à casa de banho – que acontecem porque o seu bebé está a fazer pressão sobre a bexiga – ou a sensação de enfartamento também não facilitam. As dificuldades em respirar ou o stress e sonhos agitados podem igualmente ajudar.

Para evitar estes incómodos, procure certificar-se que antes de dormir satisfaz todas as suas necessidades e que ao deitar se encontra sempre acompanhada por uma almofada confortável. Existem almofadas próprias no mercado, que facilitam, mas pode optar por colocar pequenas almofadas atrás das costas e entre as pernas.

Se as almofadas não forem suficientes, tente encontrar algumas formas de relaxar antes de ir para a cama. Beba um chá, faça exercícios respiratórios, ou deixe o seu companheiro fazer-lhe uma massagem. Se for muitas vezes à casa de banho durante a noite, evite beber água antes de se deitar.

Se tiver de partilhar a cama com mil e uma extra-almofadas, é capaz de não ter muito espaço para si. Há pais que escolhem dormir noutra cama para evitar serem perturbados durante o sono, incluindo pelas visitas à casa de banho da futura mamã. Esta decisão, no entanto, deve ser discutida em conjunto.