A sucção é um ato instintivo na criança. Mesmo dentro da barriga da mãe, o bebé já ‘chucha’ no dedo. Chuchar é um comportamento que oferece conforto e segurança à criança e deve ser encarado como fazendo parte do seu desenvolvimento normal.
O uso da chupeta, assim como a idade a partir da qual o seu uso é desaconselhado, continua a ser objeto de grande controvérsia.
A chupeta parece interferir com a amamentação pelo que só deve ser oferecida ao bebé quando este já aprendeu a mamar bem e a mãe já se encontra perfeitamente confiante na amamentação. A partir desse momento, os benefícios da chupeta são vários: proporciona conforto, estimula a sucção e aleitamento, facilita a digestão e fortalece a musculatura oral.
Lembre-se que a chupeta não pode substituir o carinho dos pais e, como tal, não deve ser dada sempre que a criança chora. Opte antes por segurá-la ao colo e dar-lhe atenção.
A maioria das crianças abandona, espontaneamente, a chupeta por volta do primeiro ou segundo ano de vida. Aos 2-3 anos, a maioria dos pais acha que o filho, que corre e fala com certa fluência, é já “demasiado crescido” para continuar a usar a chupeta . No entanto, a criança ainda é muito imatura do ponto de vista emocional, podendo continuar a chuchar durante mais tempo, sem que isso constitua um problema.
Outra grande preocupação dos pais é a dentição. Chuchar intermitente até à erupção da dentição definitiva não prejudicará os dentes do seu filho.
A maioria dos autores entende que se deve desencorajar o uso da chupeta a partir dos 2 anos de idade, uma vez que faz parte do seu processo de maturação psicológica.
O uso da chupeta é um hábito muito difícil de abandonar, pelo que é necessário apoiar a criança no momento de o fazer. Poderá servir-se de alguns truques para a ajudar:
– Não force, nem use métodos drásticos (como a colocação de substâncias amargas na chupeta);
– Evite censurar ou fazer comentários negativos;
– Comece a restringir o seu uso: proponha-lhe colocar a chucha num determinado lugar e só a usar quando for muito necessário (quando estiver mais triste, doente ou assustada);
– Tente dirigir a atenção do seu filho para outras atividades, sublinhando que estas já são “coisas de gente crescida”;
– Negoceie: troque a chucha por outro brinquedo que a criança deseje. Contudo, não faça desta atitude um hábito, porque a criança aperceber-se-á do poder da chucha e irá usá-lo para conseguir satisfazer as suas vontades;
– Marque uma data com a criança, por exemplo, o seu aniversário, para abandonar a chucha, mostrando que já é “mais crescida”;
– Mostre-lhe que as pessoas que admira (o irmão mais velho, por exemplo) não usam chupeta;
– Felicite a criança pelos progressos adquiridos e recompense-a com uma dose de mimos e brincadeiras;
– Tente compreender em que situações a criança necessita mais da chucha para, nesses momentos, lhe dar mais atenção e carinho. Segure-a no colo e distraia-a;
– Se a sua criança utiliza a chucha para adormecer, perca algum tempo com ela nesta altura, lendo-lhe um livro, conversando ou contando-lhe uma história.
Fonte: educare