DENTIÇÃO INFANTIL

A erupção dos dentes definitivos começa por volta dos 6-7 anos, e nesta altura deve-se ter especial atenção aos primeiros molares definitivos que nascem atrás dos molares de leite sem nenhum dente ter caído nessa zona. Muitas vezes os pais não se apercebem e estes dentes são descurados, pois são vistos como dentes de leite. Por volta desta idade nascem também os incisivos centrais inferiores. A mudança dentária ocorre até por volta dos 12-13 anos a excepção dos sisos, que erupcionam entre os 17 e os 30 anos, podendo ainda erupcionar mais tarde, não erupcionar ou mesmo já não se terem desenvolvido.

A prevenção começa desde o aparecimento dos dentes de leite e consiste na instrução e motivação para a higiene oral (técnicas de escovagem e escova e pasta mais apropriada para cada idade), aplicação de flúor (quando necessário e nunca em excesso, pois pode ser prejudicial), aplicação de selantes de fissura (aplicação de um verniz sobre a face mastigatória dos molares de leite e molares e pré-molares definitivos, para evitar que as bactérias e os restos alimentares se acumulem nessa zona de difícil acesso na escovagem, prevenindo assim o aparecimento de cáries). A primeira visita preventiva ao dentista deve ser por volta dos 6 meses para aconselhamento aos pais e 3-4 anos para aconselhamento da própria criança.

A acumulação de alimentos é maior nos dentes temporários e nos dentes definitivos das crianças, pois os sulcos da parte mastigatória dos dentes são mais pronunciados, ao contrário de um adulto no qual os dentes já sofreram cargas e foram-se desgastando não tendo sulcos tão proeminentes. Quando as condições desfavoráveis permanecem porque a criança não elimina os alimentos (escovagem incorrecta), aparecem lesões brancas nas zonas mais afectadas do dente – desmineralizações do dente que levam ao aparecimento de cárie.

Continua a ser frequente que os pais questionem as necessidades de estabelecer medidas, sejam preventivas ou restauradoras nos dentes temporários, argumentando que vão durar poucos anos e serão substituídos por outros sãos.

Evitar a dor já seria uma das razões suficientes para manter a saúde dentária e não nos podemos esquecer que a manifestação de um processo infeccioso e a sua persistência vai alterar os tecidos envolventes, podendo afectar a formação do dente permanente.

Uma das causas mais importantes da má oclusão em dentição permanente poderia ser evitada, impedindo as perdas dentárias prematuras. Mesmo outras funções como a deglutição ou a fonética podem ser afectadas negativamente no desenvolvimento de uma criança devido as perdas prematuras.

A oportunidade do médico dentista realizar um exame oral precoce e fornecer as orientações aos pais durante a infância favorece uma boa saúde oral da criança, sendo por isso aconselhada uma visita regular ao dentista.

Fonte: Dermokorpus

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