Gravidez e animais: compatíveis ou não?

Quando há um bebé a caminho as dúvidas e as incertezas podem tomar conta dos futuros papás e transformar-se em verdadeiras dores de cabeça. Afinal, aulas, livros e cursos nunca parecem suficientes esta nova fase. Ora, uma das perguntas mais frequentes prende-se com os companheiros de 4 patas que, em tantos casos, já pertencem à família: gravidez e animais são inimigos ou podem ser um par ideal?

Há risco de transmissão de doenças? Afeta o desenvolvimento do bebé? Como é que o animal se vai adaptar a toda esta mudança? Estão são apenas algumas das questões que assolam qualquer pai. A verdade é que se trata de uma grande mudança para a família e claro está que o seu fiel companheiro é um membro integrante desta dinâmica e não deve ser esquecido.

Ora, por isso mesmo, é importante que fique a saber quais os passos que deve seguir para que, com a devida cautela, não haja qualquer problema e possa ter uma gestação mais descansada e segura.

AQUILO QUE PRECISA DE SABER SOBRE GRAVIDEZ E ANIMAIS

Poucas são as pessoas que nunca tiveram um animal de estimação em casa a tornar os seus dias bem mais felizes e divertidos. A verdade é que qualquer companheiro de 4 patas se torna um membro importante de uma família, o que poderá suscitar alguns receios aquando de uma gravidez. Afinal, quer o melhor para o seu bebé, mas não pode deixar de parte o seu fiel amigo de todas as horas.

Em primeiro lugar, é importante compreender que as dúvidas e apreensões em torno da compatibilidade entre gravidez e animais são totalmente lógicas. Não é novidade para ninguém que proteger a saúde da mãe e do feto ao longo da gravidez deve ser a prioridade máxima, pelo que um animal pode ser visto como um fator de perigo para uma gestação descansada e saudável. O melhor remédio é mesmo a prevenção e, como tal, ter todos os cuidados necessários.

Uma das principais preocupações são as zoonoses, nome dado às doenças que podem ser transmitidas entre animais e humanos. Embora estas maleitas sejam um verdadeiro problema, a realidade é que, com os devidos cuidados de higiene e saúde, não deverá ter motivos para alarme.

Motivo de apreensão costuma ser também a toxoplasmose, especialmente se em casa houver um felino. Esta é uma doença infeciosa, provocada pelo parasita Toxoplasma Gondii, que se encontra alojado em alguns animais, como o gato, e, por vezes, em alimentos crus e vegetais. O contágio pode ocorrer através do contacto com as fezes do animal e se ele estiver infetado.

Caso não seja imune à toxoplasmose, a grávida deve evitar ao máximo limpar a caixa de areia do gato, pedindo a outra pessoa. Caso tenha mesmo de o fazer, deve usar luvas descartáveis e lavar bem as mãos no final. Isto porque a toxoplasmose é uma doença que pode trazer graves consequências para o feto, desde problemas de desenvolvimento a convulsões ou, até mesmo, morte aquando do nascimento.

Posto isto, é importante que saiba de cor e salteado os cuidados que deve ter para evitar complicações.

Vacinação
A primeira coisa a fazer para garantir que mãe, bebé e animal estão em sintonia e em segurança é garantir que as vacinas e quaisquer tratamentos do seu fiel amigo estão todos atualizados – isto inclui, por exemplo, desparasitações. Para além das vacinas é importante que o animal faça visitas regulares ao veterinário para garantir que está saudável.

Animais com o boletim de saúde atualizado e cumprido à risca dificilmente são transmissores de zoonoses. Isto significa que, cumprindo as regras, poderá contactar com o seu bichinho à vontade.

Higiene
A questão da higiene aplica-se ao animal, a si e à casa em geral. Em primeiro lugar, é de extrema importância que o seu fiel amigo tome banhos regulares, para que não transporte sujidade pela casa e, especialmente, para sofás e camas.

Em segundo lugar, é importante que a casa seja limpa frequentemente. Esta regra aplica-se especialmente às zonas habituais de descanso do animal, bem como aos locais onde come e faz as necessidades (caso seja dentro de casa).

Finalmente, lembre-se de lavar sempre as mãos após brincar ou acarinhar o animal. Mesmo tratando-se de um animal sem doenças, a gravidez é um período em que tem mesmo de redobrar cuidados, pelo que esta é uma regra de ouro.

Brincadeiras
Agora que já conhece os cuidados de vacinação e higiene, só falta saber que deve ter atenção às brincadeiras do animal quando está próximo da barriga. Logicamente, ele não saberá que tem de ter cuidado, pelo que essa responsabilidade recai sobre si.

No fundo, quando o assunto é a relação entre brincadeiras, gravidez e animais, basta apenas que não deixe que a derrube ou que salte para cima do seu colo bruscamente.

Fonte: e-konomista

Artigos relacionados