A agricultura biológica não é uma moda.
É uma necessidade cada vez mais crescente. Diferentes estudos com animais revelam o efeito de disrupção endócrina de alguns dos compostos usados na agricultura convencional, mesmo dentro dos limites considerados seguros.
Alguns destes agrotóxicos, demonstram, em estudos animais, afectar o desenvolvimento do sistema endócrino, reprodutor, e sistema nervoso do feto, afetando o QI e o desenvolvimento cerebral da criança.
Ainda se tratam de estudos em animais, e num número considerado insuficiente para que se mudem as práticas e as recomendações internacionais, mas já existem estudos epidemiológicos que revelam algum efeito nos humanos (pode ver alguns aqui).
Pesticidas organofosforados e Hiperactividade http://www.cristinasales.pt/pt-pt/NutriModulation/Blog/Post.aspx?BID=3&PID=613&MVID=1000194
Grávidas – uma bomba relógio de tóxicos para a futura geração http://www.cristinasales.pt/pt-pt/Medicina-Integrada/Blog/Post.aspx?BID=1&PID=971&MVID=1000173
Quimicos e a sua ( má) influência na gravidezhttp://www.cristinasales.pt/pt-pt/Medicina-Integrada/Blog/Post.aspx?BID=1&PID=990&MVID=1000173
Pesticidas e inteligência?!http://www.cristinasales.pt/pt-pt/Medicina-Integrada/Blog/Post.aspx?BID=1&PID=1096&MVID=1000173
Químicos durante a gravidez diminuem QI do bebé http://www.cristinasales.pt/pt-pt/NutriModulation/Blog/Post.aspx?BID=3&PID=1226&MVID=1000194
Visto que ainda não existe uma posição oficial sobre o assunto, cabe a si decidir se continua a consumir estes alimentos durante esta fase, até ser consensual o real impacto destes compostos, criados para destruir insectos e diversos microrganismos, ou ter uma atitude preventiva e sempre que possível optar por legumes e frutas de agricultura biológica.
Caso pretenda lavar bem antes de consumir, lembre-se que muitos agrotóxicos foram pensados para não saírem com a água da chuva, pelo que não vão “sair” com a água da torneira. Tirar a casca ajuda, mas não os elimina totalmente. O teor de agrotóxicos contido nos diferentes alimentos está dentro dos limites considerados legais, mas se por um lado estes limites legais dizem respeito a uma dose considerada tóxica (e as doses para efeitos de disrupção hormonal estão bastante abaixo deste limite), por outro desconheço estudos feitos com grávidas e crianças que comprovem que estes compostos, mesmo em doses autorizadas, sejam inócuos.
Uma Organização sem Fins Lucrativos Americana chamada Environmental Working Group (fazer link para http://www.ewg.org/ ), que engloba diversos especialistas em diferentes áreas, elaborou uma lista com os piores e os melhores alimentos em termos de agrotóxicos, e chamou-lhe os “Dirty Dozen”. fazer link para http://www.ewg.org/foodnews/summary/) (os doze mais sujos). Estamos a falar de alimentos Americanos, e as normas Portuguesas / Europeias são distintas em termos de produtos aprovados, mas atualmente esta é a lista mais usada por todos os que não estão à espera das “decisões oficiais”, e que não têm hipótese de consumir todos os seus legumes e frutas de origem biológica.
Em Portugal, sugiro que contacte a Agrobio (link para http://www.agrobio.pt/pt/), que é a Associação Portuguesa de Agricultura Biológica, para saber melhor quais os diferentes pontos de venda de produtos biológicos a nível nacional. Atualmente já existe também a possibilidade do contato direto entre produtores e consumidores, e esta ausência de intermediários diminui o preço destes produtos. Também já existem diferentes cursos e diferentes hortas urbanas, incentivando a que produza os seus próprios alimentos sem recorrer a agrotóxicos.