10 mitos sobre a gravidez que devem cair por terra

1.A forma da barriga vai determinar o sexo do bebé
Há muito que se ouve dizer que as barrigas mais bicudas dizem respeito a fetos do sexo masculino e que as mais achatadas acolhem fetos femininos. A verdade é que a forma da barriga das grávidas não tem qualquer relação com o sexo do bebé, explica Sandra Alves, médica ginecologista obstetra. “Em fases mais tardias da gravidez, o formato da barriga vai depender da posição assumida pelo feto e da saliência das partes fetais sobre a barriga das mães”, afirma a profissional.

2.Uma mulher grávida não pode fazer exercício físico
Não é bem assim, dizem as especialistas consultadas. Maria do Céu Almeida, também ela ginecologista obstetra, garante que caso a gravidez não seja de risco, a mulher “pode e deve” fazer exercício físico. Sandra Alves também recomenda atividade física moderada durante todo o período de gestação, mas faz uma ressalva: durante a gravidez há alterações fisiológicas na grávida que condicionam a tolerância ao exercício físico, como a diminuição da tensão arterial — sobretudo nos primeiros quatro meses — que é agravada em ambientes quentes. É por isso que ambas as médicas destacam a preferência pelos desportos aquáticos, como a natação ou a hidroginástica.

3.Fazer sexo pode prejudicar ou magoar o bebé
O conceito é completamente falso e, diz Maria do Céu Almeida, resulta do “completo desconhecimento da anatomia da mulher ao imaginar que o pénis pode tocar no bebé e magoá-lo”. A explicação é até bastante simples, uma vez que o feto está na cavidade uterina dentro do saco amniótico — é como se tivesse no interior de um balão cheio de água — e, por isso, perfeitamente protegido do exterior. Mais, não há qualquer contacto entre a vagina e o interior do útero a não ser durante o parto, “quando o fenómeno de encurtamento e dilatação do colo uterino ocorre”, explica Sandra Alves, salientando que só em raras ocasiões, mediante indicação médica, é que o sexo não é indicado.

4.As grávidas não podem fazer a depilação…
Uma mulher à espera de filhos pode fazer qualquer tipo de depilação e em qualquer zona. E também há cartão verde para a depilação a laser, uma vez que a profundidade do laser é tão pequena que atua apenas ao nível da pele, não tendo qualquer capacidade de atravessar tecidos, sintetiza Sandra Alves. Maria do Céu refere ainda que, considerando o parto, “a depilação da região púbica contribui para uma melhor higiene”.

5.… ou pintar o cabelo e as unhas
A ideia não é completamente desprovida de sentido, dado que houve tempos em que as tintas dos cabelos continham substâncias tóxicas que poderiam ser absorvidas e provocar malformações ao bebé. Apesar de Maria do Céu afirmar que esse receio é hoje injustificado, Sandra Alves prefere recomendar que as mulheres evitem colorir o cabelo no primeiro trimestre da gravidez, tida como a “altura mais importante para o correto desenvolvimento dos órgãos”. Mas, no fundo, não passa de uma questão de prudência. Quando às unhas não há nada a assinalar, pelo que não é preciso desmarcar o encontro com a manicure.

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Fonte: Observador

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