O nascimento de um filho provoca grandes alterações, quer a nível da rotina diária, quer até ao nível dos afectos, pois passa a existir mais um elemento na família. Os pais terão de se habituar a dormir por etapas e a regular-se pelos sinais e reacções do filho, que pode necessitar de comer ou mudar de fraldas a qualquer hora do dia ou da noite. Por seu turno, precisam de saber como comunicar e interpretar o bebé, para o poder ajudar no seu processo de desenvolvimento, tendo de existir um ajuste da família ao elemento recém chegado.
O que o bebé espera dos pais
É certo que a higiene e a alimentação são cuidados essenciais para o bem-estar e saúde do bebé.
No entanto, na perspectiva do filho, mais do que ter a fralda limpa, o importante serão o carinho da mãe e/ ou a interacção com o pai. É deste tipo de comunicação, de amor e de afecto, que o bebé mais necessita para crescer e, sobretudo, para se desenvolver emocionalmente.
Se por um lado o bebé espera que os pais o compreendam e satisfaçam as suas necessidades, por outro ele também irá querer que eles lhe revelem um mundo que lhe é desconhecido. Assim, eles vão precisar dos pais para os estimular para a sua nova realidade.
Encontrar o equilíbrio
Os pais não deixam de ser pessoas pelo facto de terem tido um filho. Por isso, não têm de pensar que a sua obrigação é renunciar a toda a sua vida para se dedicarem exclusivamente ao bebé. Nem tão pouco sentirem-se culpados pelos momentos em que conseguem estar sós. O equilíbrio é essencial para se viver em pleno a paternidade e quando se ignoram as próprias necessidades corre-se o risco de o perder.
Admitir as fraquezas
Os pais não têm de reprimir a sua frustração ou irritação. É preciso ter consciência que são sentimentos perfeitamente normais e que, o facto de existirem, não significa de modo algum que são maus pais. Pelo contrário, se os pais admitirem as suas fraquezas perante os filhos estes terão mais facilidade em fazer o mesmo consigo próprios.
Pai cúmplice
Apesar de ser comum o homem aperceber-se mais tarde da nova realidade de ser pai, pois não foi ele quem sofreu desde logo as transformações físicas para receber um novo ser, não quererá dizer que deverá ter um papel menos activo nos cuidados com o filho. Se as responsabilidades forem repartidas, será mais fácil lidar com esta nova vida, em que as necessidades da criança são prioritárias relativamente a tudo o resto e em que deverá haver sempre alguém para as satisfazer. Um pai cúmplice nos primeiros meses ou anosde vida do bebé irá também permitir que se crie desde logo uma relação essencial entre os dois,que se reflecte no desenvolvimento afectivo da criança e do ambiente famili