O cordão umbilical é constituído por vasos sanguíneos – duas artérias e uma veia – envolvidos por uma espécie de substância gelatinosa (a geleia de Wharton), que protege os vasos umbilicais, impedindo-os ainda de colapsarem.
Durante muito tempo, o cordão foi considerado material sem utilidade terapêutica, sendo descartado e destruído após o parto.
A partir de 1980, o sangue do cordão umbilical começou a ser reconhecido pela medicina como uma fonte rica de células estaminais, nomeadamente células estaminais hematopoiéticas, uma população de células que tem a capacidade de se diferenciar em células de linhagem sanguínea e do sistema imunitário, dando origem aos componentes do sangue, nomeadamente: Glóbulos brancos (leucócitos) – os agentes mais importantes do sistema de defesa do nosso organismo, que nos defendem das infecções.
Glóbulos vermelhos (eritrócitos) – que transportam o oxigénio dos pulmões para as células de todo o nosso organismo e o dióxido de carbono das células para os pulmões, a fim de ser expirado.
Plaquetas – que fazem parte do sistema de coagulação do sangue, actuando nas hemorragias juntamente com o sistema intrínseco, extrínseco e comum de coagulação na formação final do coágulo sanguíneo.
Mais recentemente, os investigadores demonstraram que também o tecido do cordão umbilical é rico num tipo especial de células estaminais, as células estaminais mesenquimais. Estas podem ser facilmente extraídas a partir do tecido gelatinoso existente entre a pele e os vasos sanguíneos do cordão umbilical (geleia de Wharton) e têm o potencial e a capacidade de se diferenciarem noutras linhagens celulares, tais como osteoblastos (osso), adipócitos (tecido adiposo) e condrócitos (cartilagem), originando órgãos e tecido, nomeadamente:
Osso
Cartilagem
Gordura
Fígado
Neurónios
Pâncreas
Músculo