Os especialistas afirmam que só se pode falar de infertilidade quando a mulher/casal não consegue engravidar após um período de um ano a praticar relações sexuais de forma regular e sem utilizar métodos contraceptivos. Contudo, o facto de não conseguir engravidar ao fim de dois ou três anos, não significa necessariamente que tem problemas médicos que provoquem infertilidade. A verdade é que são vários os factores que podem dificultar ou até comprometer as, por vezes, tão programadas tentativas de engravidar – mas, alguns deles, são modificáveis. Clearblue apresenta-lhe uma lista de potenciais causas de infertilidade temporária, que pode contornar.
Stress no dia-a-dia: saiba como aliviá-lo! O stress é uma resposta do organismo ao esforço físico, psicológico e emocional que se pode manifestar de diferentes formas, dependendo da personalidade e das vivências de cada pessoa. No entanto, perante uma situação de stress, a primeira postura a adoptar é fazer tudo o que esteja ao seu alcance para não se entregar ao problema. É imprescindível descarregar a tensão diária que se vai acumulando: por exemplo, faça algum tipo de actividade física – desporto, caminhadas, passeios – que ajude a libertar as tensões acumuladas.
Peso: um problema a controlar! Os problemas de peso também podem ser associados à infertilidade. Está provado que mulheres com excesso ou défice de peso estão mais predispostas a sofrer alterações nos seus ciclos menstruais, o que, consequentemente pode desregular as ovulações, podendo isto estar na origem dos problemas de infertilidade. De facto, tanto o excesso como o deficit de peso podem provocar problemas de ovulação.
Tabaco: um hábito a abater. O consumo de tabaco é outro dos factores associados à infertilidade, na medida em que o fumo afecta a mobilidade nas trompas. Vários estudos indicam que, em média, as mulheres fumadoras entram na menopausa cerca de três anos mais cedo do que as não fumadoras.
Idade: os anos também contam! Apesar de hoje em dia, com os avanços da medicina, não constituir um obstáculo tão “desanimador”, é um facto que a idade pode ser um factor limitativo da fertilidade. O envelhecimento das células reprodutoras femininas é um fenómeno transversal a todos os organismos e os ovulos não escapam a esta “vingança” da natureza e, ao envelhecerem, para além de provocarem irregularidades do ciclo menstrual, não têm a qualidade suficiente para serem fertilizados. Assim a fertilidade feminina decresce muito a partir dos 35 anos. Assim, com a actual tendência de ter filhos cada vez mais tarde (a qual se pode dever às mais variadas razões como aproveitar oportunidades de carreira profissional ou mesmo por pura opção pessoal), os problemas de fertilidade fazem-se sentir cada vez mais.
Álcool e cafeína… com muita moderação! O consumo excessivo de álcool pode alterar os níveis de estrogénio e progesterona resultando em menstruações sem ovulação, e conduzindo desta forma a problemas de infertilidade. Há ainda estudos que indicam que tomar mais de três cafés por dia pode causar problemas de fertilidade e que a ingestão de cafeína em demasia pode estar associada ao aumento do risco de aborto espontâneo Outro dos factores comummente associados à infertilidade, é o consumo de drogas.
Infecções sexualmente transmissíveis: faça o tratamento até ao fim! Infecções sexualmente transmissíveis não tratadas (como, por exemplo, sífilis, gonorreia e clamídia) podem dificultar a probabilidade de engravidar. Não deixe de seguir “à risca” os rastreios e o tratamento indicado pelos especialistas – não permita que comportamentos de esquecimento ou desleixo interfiram neste processo. A cura também depende muito de si!
Em matéria de “presunção” de infertilidade, o primeiro passo é não tirar conclusões precipitadas. Dê tempo ao tempo e diminua ao máximo possível a ansiedade; não deixe que a desmotivação ganhe batalhas; e aposte numa vida mais saudável e equilibrada de forma a contornar estes factores modificáveis. Não desista do sonho, pois mesmo que venha a descobrir que o seu caso vai além de um problema de infertilidade temporária, lembre-se de que o seu médico estará lá para a ajudar!