Apesar de ser altamente infecciosa para as crianças, a varicela não representa nenhum risco de vida para as mesmas.
No caso concreto da grávida, uma infecção pelo vírus da varicela pode ter várias consequências para o feto, sendo que a sua gravidade depende da altura da gestação.
Quando se contrai a varicela durante as primeiras 20 semanas de gestação, o vírus causador da varicela pode atravessar a placenta e infectar o embrião, provocando uma varicela intra-uterina.
Esta infecção costuma ter graves consequências, já que algumas vezes provoca a morte do embrião e um aborto espontâneo, e mais frequentemente origina lesões que provocam malformações cranianas, surdez, atraso mental ou extensas cicatrizes cutâneas.
Sintomas:
Os sintomas mais comuns da varicela são a febre e o aparecimento de vesículas, primeiro na face e cabeça e depois pelo tronco. Estas causam bastante comichão e dor, transformando- se rapidamente em crosta.
O período de contágio ocorre nas 48 horas anteriores ao aparecimento da erupção.
Prevenção:
A varicela é muito comum na infância e as crianças que a contraem ficam imunizadas.
Assim, se a grávida estiver imune, ficará mais descansada.
Ao contrário, não existem grandes medidas de protecção, a não ser afastar-se de alguém próximo que estiver infectado, durante todo o período de contágio.
De salientar que o vírus transmite-se através da respiração e desenvolve-se entre 10 e 20 dias após o contacto com a pessoa infectada.
Cerca de 95% das mulheres em idade reprodutiva encontram-se imunizadas por este vírus, sendo baixa a incidência da infecção na gravidez (1-7/10000).
Se uma mulher grávida, sem antecedentes de varicela, suspeita ter estado em contacto com um doente infectado com o vírus varicela-zóster, deverá contactar o seu médico, para confirmar a veracidade deste contacto e determinar o seu estado imunitário, através da determinação de IgG e IgM específicas deste vírus. Se contrair a doença, é preciso conhecer os riscos para ela e para o bebé.
Neste caso, e no momento do parto, terão de ser feitos os seguintes procedimentos com o recém-nascido:
• Controlo rigoroso da infecção;
• Avaliação clínica e serológica sobre o seu estado;
• Adopção de medidas profiláctias (vacinação) no caso de não estar infectado ou tratamento imediato em caso de infecção específica deste vírus.