A DGS apela a que as grávidas se vacinem com a dose de reforço

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A Direção-Geral da Saúde (DGS) recomenda, esta quinta-feira, a vacinação “com doses de reforço em pessoas com imunossupressão grave, principalmente as mulheres que estão grávidas.

No dia em que a Agência Europeia de Medicamentos (EMA) afastou para já a quarta dose da vacina para a população em geral mas recomendou-a para pessoas com um sistema imune gravemente debilitado, a DGS atualizou as normas para a vacinação.

Neste sentido, a DGS informou, em comunicado enviado às redações, que “recomenda a vacinação com doses de reforço em pessoas com imunossupressão grave, que receberam uma dose adicional para completar o esquema vacinal primário”Esta dose, esclareceu a autoridade de saúde à SIC Notícias, pode corresponder a uma quarta ou terceira dose.

Porquê? Depende sempre do esquema vacinal primário da pessoa que pode ter sido, por exemplo, com as duas doses Pfizer ou com a dose única da Janssen e, posterior, segunda dose com uma das vacinas mRNA (Pfizer ou Moderna). Ou seja, se no primeiro exemplo corresponderá efetivamente à quarta dose, no segundo caso tratar-se-á de uma terceira dose.

Independentemente dessa questão, o objetivo desta recomendação, vinca a DGS, é o mesmo: “aumentar a proteção desta população contra a covid-19”.

“A vacinação com dose adicional foi anteriormente recomendada à população com imunossupressão, de forma a possibilitar um nível de proteção adequado e idêntico ao esquema vacinal inicial na população em geral”, explica ainda a DGS.

A 1 de setembro de 2021, recorde-se, a DGS recomendou uma dose adicional da vacina contra a covid-19 para pessoas imunossuprimidas com mais de 16 anos, com Graça Freitas a considerar, na ocasião, que se tratava de “uma nova oportunidade de vacinação” para este grupo específico.

“Isto não é um reforço. É uma dose adicional de vacina, porque pode ter acontecido que, na altura em que estas pessoas foram vacinadas, não estivessem com o seu sistema imunitário com capacidade de reagir à vacina”, explicou à Lusa a diretora-geral na ocasião.

Foram elegíveis para a dose adicional as pessoas que foram vacinadas durante um período de imunossupressão grave, nomeadamente as que realizaram transplantes de órgãos sólidos, pessoas com infeção VIH com contagem de linfócitos T-CD4+ <200/µL, doentes oncológicos e pessoas com algumas doenças autoimunes que tenham efetuado tratamentos.

Semanas depois, iniciou-se a administração da dose de reforço da vacina a pessoas com 65 ou mais anos, com a DGS a dar prioridade às pessoas com 80 e mais anos e utentes de lares e da rede de cuidados continuados.

Um apelo às grávidas

Na mesma nota, a DGS apela a que as grávidas se vacinem com a dose de reforço. “A vacinação na grávida é prioritária, pelo risco acrescido de complicações relacionadas com a covid-19 neste grupo“, reitera.

Atualmenta, recorde-se, a dose de reforço é recomendada para pessoas com 18 ou mais anos, “estando já as grávidas incluídas na população abrangida”.

Norma 002/2021, que hoje foi atualizada, a DGS incluiu ainda “orientações sobre a transcrição dos atos vacinais noutros países e complemento dos esquemas vacinais primários iniciados e/ou a administração de doses de reforço subsequentes”.

Fonte: SIC Notícias

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